Uma das coisas que chamou a atenção da sociedade e ganhou destaque na mídia foi a unanimidade do STF na decisão com respeito à equiparação da união homossexual à união estável heterossexual.
Nós, aqui, nos recusamos a usar o termo “união homoafetiva”, o qual tem circulado em meios jurídicos. O termo “homoafetividade” é um eufemismo estratégico do movimento gay. Afinal de contas, não é agradável ouvir protestos contra algum tipo de “afetividade”. Da mesma maneira, o termo “homofobia” é um estigma sobre os que se opõe ao homossexualismo, pois parece sugerir que eles têm pavor aos homossexuais.
A verdade é que há uma verdadeira guerra no mundo lingüístico para condicionar a reação social. O filósofo norte-americano Daniel Dennett e o biólogo britânico Richard Dawkins, ambos ateus, publicaram artigos nos quais pediram aos companheiros não-cristãos que desistissem do termo “ateu”, levando-se em conta o fato de o referido termo ter conotação socialmente negativa. Eles sugerem que os ateus se auto-intitulem de “brilhantes”. O “brilhantismo” diria respeito à intelectualidade e à lucidez, o que sugeriria que os religiosos viveriam nas trevas da ignorância.
O termo “fundamentalismo”, por exemplo, é de origem cristã. Ele indica o cristianismo protestante conservador. A razão do surgimento do termo foi a escrita de uma coletânea de artigos teológicos, denominada de “Fundamentos”, por um grupo de cristãos conservadores do século XX. A coletânea trazia textos a favor dos dogmas centrais da fé cristã (inspiração da Bíblia, divindade de Jesus, etc.). Era uma reação contra as investidas liberais que contestavam o cristianismo histórico. O termo foi recortado de seu contexto histórico pelos inimigos do cristianismo para designar também os radicais islâmicos. O objetivo disso foi criar um olhar social desconfiado para com aquele cristão que diz com satisfação que é um fundamentalista.
Voltando ao assunto da unanimidade do STF na decisão que institucionalizou a UNIÃO SODOMITA, nós lembramos, em primeiro lugar, que abominamos a SODOMIA, mas não odiamos o SODOMITA. O sodomita (homossexual) como qualquer outro pecador (prostituta, impuro, adúltero, ladrão, mentiroso, orgulhoso, avarento, etc.) precisa conhecer o evangelho e o amor de Deus. Ele precisa saber que pode se arrepender, que pode ser liberto e que pode ser uma nova criatura pelo poder de Deus. Deus o fez à sua imagem e semelhança e Jesus morreu por ele na cruz. Quando, porém, ele luta para institucionalizar o seu pecado, ele luta contra a própria possibilidade de seu arrependimento e contra a possibilidade de mudança pelo evangelho. A institucionalização do pecado é a institucionalização da indisposição ao arrependimento e à mudança.
Na questão sodomita, o STF alcançou a unanimidade que não tem alcançado em questões nas quais a justiça social poderia ser feita, a opressão poderia ser extinta e a corrupção poderia ser punida. O STF decidiu a favor da sodomia por dez votos. Foram dez ministros que votaram pela institucionalização do pecado e de suas graves conseqüências. Os defensores da corrupção dos costumes festejaram a unanimidade.
A verdade, porém, é que nem toda unanimidade é saudável. A Bíblia fala no Apocalipse de “DEZ chifres” que serão “DEZ reis”. Eles serão UNÂNIMES em fundar o reino do Anticristo:
“E os DEZ CHIFRES que viste são DEZ REIS, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. ESTES TÊM UM MESMO INTENTO, E ENTREGARÃO O SEU PODER E AUTORIDADE À BESTA. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos e fiéis.” (Apocalipse 17: 12-14).
Como uma observação final, nós lembramos que o Anticristo será um defensor da causa homossexual:
“E não terá RESPEITO AO DEUS de seus pais, NEM TERÁ RESPEITO AO AMOR DAS MULHERES, nem a deus algum, porque sobre tudo se engrandecerá” (Daniel 11:37)
Alguém ainda dúvida que estamos no fim dos tempos?
GLAUCO BARREIRA MAGALHÃES FILHO
(Mestre em Direito Público, Livre Docente em Filosofia do Direito, Doutor em Sociologia, Doutor em Teologia, Especialista em Teologia Histórica e Dogmática, Professor Universitário, Diretor do Instituto Pietista de Cultura, Autor de livros teológicos, jurídicos, sociológicos e filosóficos)
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