Robert Murray McCheyne nasceu em Edimburgo. Ele teve uma formação teológica calvinista, mas fez críticas a compreensão tradicional do calvinismo acerca da expiação limitada e da graça irresistível. Ao concluir os seus estudos teológicos, ele aceitou o pastorado na igreja de São Pedro em Dundee. O seu ministério foi breve (sete anos), pois morreu aos vinte e nove anos em 1843. Apesar disso, ele sacudiu a Escócia, e, pelos seus sermões impressos, ainda fala.
McCheyne é um exemplo de pregador avivado e avivalista. Ele era incrivelmente culto, dominando a língua hebraica suficientemente para conversar com os judeus europeus. Era um exímio conhecedor dos poetas da Grécia clássica. Ele conservou seu diário protegido dos olhos dos curiosos, escrevendo-o em latim. Sendo musicista, compôs hinos que se tornaram imortais. Também pintou brilhantes quadros. Acima de tudo, porém, Robert M. McCheyne foi um homem de oração. “Como Deus é real!”, ele disse certa vez para si mesmo. “Deus é a única pessoa com quem eu posso conversar”.
Depois da morte de McCheyne, um visitante foi conhecer a catedral onde ele pregava. Um jovem mostrou-lhe um lugar onde se encontravam ainda os livros de McCheyne. Querendo o visitante saber mais sobre o pregador, o jovem acompanhante disse: “Sente-se aqui”. Em seguida, falou: “Agora ponha os cotovelos sobre a mesa e ponha as suas mãos na face”. O visitante obedeceu. “Agora deixe que as lágrimas fluam. Era assim que o Sr. McCheyne costumava fazer!”
John Fletcher de Madeley foi o maior teólogo metodista dos dias de John Wesley. John Wesley o imaginava como seu sucessor, mas ele morreu antes. No funeral de Fletcher, Wesley disse ter sido ele o homem mais santo que havia conhecido. Tomas Benson conta que após uma breve palestra aos seus alunos, John Fletcher os chamou para uma “aula prática” em seu gabinete. Então, Benson afirma: “A esta palavra, muitos de nós o seguimos imediatamente e permanecemos em sua sala até a tarde por duas ou três horas, orando uns pelos outros até não conseguirmos mais permanecer de joelhos”.
O Dr. Samuel Chadwick foi o presidente da Universidade Cliff (Inglaterra), onde Leonard Ravenhill teve a sua formação teológica. Acerca de Chadwick, disse Ravenhill:
“Anos mais tarde, Samuel Chadwick, apesar de estar com a saúde frágil, ainda mantinha seu ritmo de oração. Eu via sua luz acesa até tarde da noite, empenhando-se no estudo da Palavra e, no dia seguinte cedo, ele já estava em oração. Samuel Chadwick, enquanto viveu, foi uma labareda ardente no Espírito Santo.”
O Dr. Samuel Chadwick disse:
“Não há nada mais poderoso que a oração perseverante – como a de Abraão pleiteando por Sodoma; como Jacó lutando no silêncio da noite; como Moisés permanecendo na brecha; como Ana, embriagada de tristeza; como Davi com o coração quebrantado pelo arrependimento e pela dor; como Jesus suando sangue. Acrescente a essa relação, a partir dos registros da história da Igreja, sua própria observação e experiência pessoal, e sempre haverá o custo da paixão até o sangue. Essa é a oração eficaz que transforma mortais comuns em homens de poder. Essa é a oração que traz o poder, que traz o fogo, que traz a chuva. Ela traz vida, ela traz a presença de Deus.”
O Instituto Pietista de Cultura (IPC) procurará não apenas dar uma formação bíblica e teologicamente equilibrada, mas também fomentar o espírito de oração. O conhecimento sem a oração faz hipócritas, mas a teologia bíblica com a oração fervorosa faz labaredas de fogo!
Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho (Ms., D., LD)
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