Como reação ao despertamento
religioso ocorrido no século XVI através da Reforma, o catolicismo promoveu a
contrarreforma. Praticamente, dois foram seus objetivos: anular o crescimento
das Igrejas Protestantes e incrementar medidas para promoção da igreja
católica. Dentre essas medidas destacamos a criação da companhia de Jesus, criada
por Inácio de Loyola e liderada pelos jesuítas que promoveu a expansão e a
catequização de muitos países na Ásia e na América, e o tribunal do santo
ofício, outra instituição do clero, que agiu coercitivamente, investigando e
punindo denúncias de heresias e bruxarias. Seus alvos foram os protestantes
(convertidos do catolicismo para o luteranismo e calvinismo), bruxas, judeus e
islâmicos.
Na verdade, as
ocorrências e suas consequências foram uma reestruturação eclesiástica diante
do temor da perda de adeptos para as ramificações e religiões emergentes.
Diante de manifestações religiosas nunca vistas, temeu-se pela perda de poder e
autoridade católicas. O papa, como suposto vigário de Cristo, tinha
sua autoridade comprometida, inclusive, perante os negócios políticos da época.
Acreditava-se na ordenação real por intermediação papal, conferindo à sagração
de reis o mérito do rei ter sido escolhido por Deus, legitimado, assim, pela
autoridade terrena, o papa.
O
concílio de Trento, promovido na época, congregou diversas autoridades do clero
com o propósito de conter esse avanço Protestante. Foi o papa Paulo
III quem o convocou para que seus bispos ficassem unidos e pensassem as
doutrinas promovidas pelos teólogos reformadores. A justificação pela fé foi
uma das doutrinas analisadas sem que tivessem a mesma impressão de Lutero.
Preferiram continuar com o dogmatismo, os sacramentos, a obrigação do celibato
clerical, o culto às relíquias, a doutrina do purgatório e as indulgências.
Heládio Santos
Bacharel em Ciências Sociais
Especialista em Comunicação e Teologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário