O professor Howard Osgood, para mostrar como o pensamento secular havia contaminado as igrejas mais ortodoxas, leu uma declaração de certas posições e perguntou se não representava a chamada postura “crítica” dos eruditos que dominavam os seminários modernos. A audiência concordou. Depois disso, Osgood surpreendeu a todos, exclamando: “Estou lendo um trecho do livro de Thomas Paine, ‘A Idade da Razão’ (Age of Reason)”.
A verdade é que o pensamento secular tem entrado de forma anônima na teologia das Faculdades e Seminários de nosso tempo. A falta de amplos conhecimentos por parte de muitos professores, por sua vez, os impede de sequer identificar por quais autores estão sendo influenciados. A igreja é modelada inconscientemente pelo presente século.
R. A. Torrey disse:
“Nossos futuros ministros estão freqüentemente sendo educados por professores infiéis, e por serem ainda meninos imaturos quando entram na faculdade ou no seminário, naturalmente acabam se tornando infiéis ao fim do curso e, em muitos casos, envenenam a igreja quando saem.”
Torrey continua:
“Mesmo quando nossos ministros são ortodoxos – como graças a Deus muitos deles são! – freqüentemente não são homens de oração. Quantos ministros modernos sabem o que é lutar em oração, passar uma boa parte da noite orando? Não sei quantos, mas sei que muitos não fazem isso.”
A. W. Tozer observa que o fundamentalismo, embora tenha tido um glorioso papel no combate ao liberalismo teológico e na defesa do credo cristão histórico, foi vitimado pelas suas próprias virtudes. Paradoxalmente, a Palavra morreu nas mãos de seus amigos. “Silenciou a voz do profeta e o escriba empolgou as mentes dos fiéis”.
Para Tozer, o textualismo foi o problema do fundamentalismo. O erro do textualismo não é doutrinário, mas resulta da confusão entre o conhecimento do texto e a realidade da experiência. A. W. Tozer explica:
“Ele (o textualismo) admite, por exemplo, que, tendo-se a palavra para uma coisa, temos a própria coisa. Se está na Bíblia, está em nós. Se temos a doutrina, temos a experiência. Dizem: se isto ou aquilo era verdade a respeito do Apóstolo Paulo, necessariamente é verdade também a nosso respeito, porque aceitamos que as Cartas dele são inspiradas por Deus. A Bíblia nos diz como nos podemos nos salvar, mas o textualismo vai mais longe, fazendo-a dizer que estamos salvos, algo que pela verdadeira natureza das coisas não se pode fazer. A certeza da salvação individual assim não passa de mera conclusão lógica tirada de premissas doutrinárias e nada mais é que o resultado de uma experiência inteiramente mental.”
De outro lado, os pentecostais contemporâneos parecem estar atrás da experiência pela experiência. Eles não partem da Bíblia para buscarem as experiências, mas, antes, cativados pelo relato de alguma experiência sensacional, buscam a mesma experiência por curiosidade sensitiva. Depois que resolvem querer a experiência, eles também resolvem encontrá-la na Bíblia a qualquer custo, justificando-a com versículos bíblicos fora do contexto e argumentos ridículos.
O INSTITUTO PIETISTA DE CULTURA é o sinal de um novo alvorecer, é um retorno às origens. Pretendemos conhecer o pensamento secular para não nos secularizarmos. Desejamos conhecer a teologia com experiência viva. Almejamos a experiência que seja bíblica. Na busca do equilíbrio com profundidade, do conhecimento com sentimento, da lógica com realidade, nós iremos caminhar.
Rogamos a oração de todos os que buscam uma renovação espiritual no ensino teológico. Como no passado, vamos fazer do ensino teológico a fonte de um reavivamento!
Glória a Deus!!! Precisamos resgatar a essência da Teologia Bíblica e devocional...
ResponderExcluir