A professora Larissa Érica, docente do IPC,
defendeu no dia 26/02 sua dissertação de mestrado intitulada: "Quem vê
capa não vê coração: um olhar Bakhtiniano sobre a construção de sentidos da
imagem dos evangélicos em capas da revista Veja”, sob orientação do Prof. Dr.
João Batista Costa Gonçalves, no Programa de Pós-Graduação em Linguística
Aplicada - PosLA/UECE, obtendo a nota máxima com louvor. Também fez parte da
banca examinadora o Prof. Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho. Os professores
Dr. João Batista Costa Gonçalves e o Dr. Glauco Barreira Magalhães Filho também
são docentes do Instituto Pietista de Cultura. Abaixo, resumo do trabalho
apresentado:
A presente pesquisa, fundamentada nas
concepções discutidas nas obras do Círculo bakhtiniano, como, principalmente
Bakhtin (2010a) e Bakhtin (2010b), sobre o excedente de visão, possui como
objetivo central analisar a imagem dos evangélicos em seis capas veiculadas
pela Revista Veja a partir das categorias bakhtinianas de exotopia, alteridade
e entonação e, consequentemente, os efeitos de sentidos decorrentes delas. Para
a constituição do corpus de análise, selecionamos 6 (seis) capas, da revista de
circulação nacional supracitada, que compreendem o período de 1981 a 2006 para
analisar de que forma Veja se apropria da imagem da esfera evangélica e a
representa com suas entonações em seus enunciados. Da análise, podemos afirmar
que Veja constrói uma imagem que tende a homogeneização dos evangélicos no
Brasil, a partir de seu excedente de visão, com entonações de sarcasmo,
preconceito e vilanização deste grupo mencionado, intentando posicionar o
consumidor de Veja contra a esfera protestante. A conclusão desta pesquisa,
portanto, é a de que a posição exotópica assumida por Veja em relação à sua
alteridade, a esfera discursiva evangélica, articula apreensões axiológicas
materializadas em forma de entonação nas capas da Revista que analisamos,
divulgando, com o caráter de verdade, o grupo protestante como grande massa de
fanáticos seguidores de um líder influenciador e, por isso, figura como ameaça
àqueles que não partilham de seus preceitos.
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